Para a maioria dos pacientes, o mieloma é uma doença remitente e recidivante: os períodos de resposta ao tratamento e remissão podem ser seguidos de recidiva. A maioria dos pacientes experimentará várias remissões e várias recidivas ao longo do curso da doença.
Tratamentos para recidiva subsequente (ou recidiva tardia)
A biologia do mieloma muda e se torna clonalmente mais complexa com o tempo. Como os tratamentos sucessivos eliminam todos, exceto os clones mais resistentes, as recidivas de último estágio vêm se tornando mais difíceis de tratar e requerem terapias novas e mais eficazes. Felizmente, existe um grande arsenal de diretrizes de tratamento aprovadas para mieloma recidivante e refratário (que não responde mais à terapia anterior). Quando esses tratamentos não são eficazes, muitos novos medicamentos e abordagens de imunoterapia estão disponíveis em Estudos Clínicos.
• Tal como acontece com o tratamento da primeira recaída, os regimes de combinação eficazes para a recaída subsequente são geralmente selecionados a partir das três classes principais de medicamentos:
• Inibidores de proteassoma (IPs),
• Drogas imunomoduladoras (IMiDs), e
• Anticorpos monoclonais (mAbs).
Os medicamentos chamados de “plataforma” atualmente aprovados para uso após 1-3 terapias anteriores incluem todos aqueles usados para mieloma recém-diagnosticado:
• Velcade ® (bortezomibe) um IP
• Revlimid® [lenalidomida], um IMiD
• Ciclofosfamida], um agente alquilante, e
• Talidomida, um IMiD.
Os seguintes medicamentos podem ser usados em combinação com os medicamentos acima no cenário de recaída subsequente:
• Kyprolis® (carfilzomibe), um IP
• Dalinvi® (daratumumabe), um mAb
• Empliciti® (elotuzumabe), um mAb
• Ninlaro® (ixazomibe), um IP
• Pomalyst® (pomalidomide), um Imid ainda em processo de registro no Brasil.
• Dalinvi em combinação com Velcade / dexametasona ou Revlimid / dexametasona é altamente eficaz para pacientes que tiveram 1-3 linhas de terapia anteriores.
• Darzalex / Pomalyst / dexametasona é aprovado nos Estados Unidos para pacientes que tiveram 2 ou mais linhas de terapia anteriores.
Muitos pacientes eventualmente se tornam resistentes a Velcade ou Ninlaro e Revlimid. As opções de tratamento podem incluir regimes usando o inibidor de proteassoma Kyprolis e / ou o IMiD de terceira geração, Pomalyst (ainda em processo de registro no Brasil):
• Pomalyst/Ciclofosfamida/dexametasona
• Kyprolis/Pomalyst/ dexametasona
• Dalinvi/Pomalyst/ dexametasona
Estudos Clínicos
Os pacientes que se tornaram resistentes ou intolerantes às terapias aprovadas podem considerar a participação em um estudo clínico. Dada a rapidez de desenvolvimento de novas terapias para mieloma múltiplo, bem como a investigação de novas combinações de agentes novos e existentes, o tratamento no contexto de estudos clínicos pode ser uma opção para pacientes com mieloma recidivante.